Maratona de sci-fi

Ideias soltas.

Todos os leitores de Fundação de Asimov achavam que os livros eram infilmáveis. Agora que filmaram temos certeza. A série da Apple TV tem qualidades, mas não é Fundação. Gostei do 6o episódio da 2a temporada, com boas cenas românticas nos prédios de concreto brutalistas da universidade de província onde Seldon inicia sua carreira – e onde a vice-reitora é literalmente uma assassina. (Sugiro ressuscitar a esposa indiana nos próximos episódios.) Seldon é promovido para a Universidade de Trantor, com uma imponente biblioteca em estilo gótico – a Sterling Library (Asimov nunca foi muito meticuloso com ortografia). Bons momentos, mas a narrativa nunca se encaixa bem.

Chaveando para outra série onde sempre que algo dá errado na trama (acontece com frequência) eles consertam com uma viagem no tempo e ressureição. Nos episódios 1 e 2 da temporada final de Picard, Dr Crusher chama o velho almirante e o #1 para salvar o filho dela, um contrabandista galáctico perseguido por caçadores de recompensas. Após desviar uma espaçonave parecida com a Enterprise através da galáxia, Picard apesar de não ter saída encontra uma quando descobre que o filho é dele (pela aparência parece mais que é neto do Ensign Wesley). As temporadas anteriores deixaram dezenas de pontos mal explicados e não resolvidos. Entendo voltarem a episódios curtos e auto-contidos como nos anos 1990. Mas esse tipo de história não sustenta a série, embora ela também tenha qualidades, especialmente as cenas do Picard velhinho.

E nem é a maior asneira que escutei nesses 10 dias. Para que orquestrar quartetos de Beethoven e de Brahms? Para quê? De onde alguém tirou essa ideia?

Consegui gastar mais de 20GB de celular. Só é possível com o uso da álgebra linear – boa chamada para a aula de Engenho & Arte hoje à tarde. Agora vou voltar às contas com referenciais holonômicos™, depois atacar o caldo de mandioquinha (3 pacotes é 10, comida para um batalhão) antes de ir para a aula. Se tiver mais alguma asneira para escrever acrescento depois.