Será que o sucesso no mundo dos negócios é relevante para o sucesso no governo de uma país? Quatro são as capacidades que conduzem ao sucesso nos negócios. A 1a é o conhecimento da indústria e dos produtos, necessária para construir e continuamente reconstruir uma empresa. É o saber do Bill Gates, e dos executivos das empresas japonesas de fotografia.
A 2a é a visão e liderança que inspira as pessoas a fazerem melhor do que são capazes. Steve Jobs tinha essa qualidade, que não é incomum entre fundadores de empresas.
Em 3o, existe a capacidade gerencial, a condução quotidiana dos negócios e busca de melhorias e eficiência. Para continuar nos computadores, Tim Cook, mas talvez um exemplo melhor sejam os executivos quase anônimos da Exxon e de outras indústrias estabelecidas.
Finalmente há a habilidade de encontrar oportunidades e firmar transações, obtendo controle do mercado e se livrando de operações menos eficientes. Essa é que fez as fortunas de Eike Batista e Mitt Romney.
Infelizmente para os eleitores americanos, que merece boas alternativas, essa última habilidade que o candidato republicano possui não tem qualquer relevância para o governo. A fatia de mercado de um país é 100%. O presidente governa ganhadores e perdedores. Não pode vender um estado pobre, nem comprar uma potência emergente para evitar a concorrência; e se um setor da economia fechar, os desempregados deixam de pagar impostos e se tornam um peso para a sociedade.
Ouvindo seus discursos e examinando suas declarações, é fácil notar que nem o carisma nem o conhecimento de assuntos de estado são os pontos fortes de Romney. Em resumo, na medida em que a experiência no mundo dos negócios é relevante para a administração pública, a experiência de Mitt Romney não o recomenda como presidente. Por default, independentemente de ideologia, a única alternativa são mais 4 anos com Barack Obama.