Apesar do quórum nulo, logaritmicamente falando, fui testar e aprovar o Jacaré, um boteco já estabelecido na V Madalena há 4 lustros. Apesar de mais recente que a 317 Bandeirantes 1980, depois que o Bartolo fechou é um dos mais antigos do pedaço. Frequentei outrora com a Susanna, quando éramos jovens apaixonados.
Sem empinar ares, é sempre bem procurado por uma clientela variada. O ambiente é correto, o som não ensurdece embora tenha mais volume que melodia.
A comida de bar é caprichada. Pedi uma alheira, afinal hoje é shabbat. Servida de forma apropriada: acompanhada de pão, molho de cebola, farofa, ovo, e verdura, de forma que comer no bar não significa abrir mão de uma refeição saudável. O contrário do que se vê em estabelecimentos voltados para um público emergente ou em bairros nouveau riche, onde a clientela tende a deglutir quase que exclusivamente alimentos outrora considerados de maior prestígio pelas pessoas que tem a necessidade de afirmar seu status através da mesa – nesses as porções são compostas quase que exclusivamente por carne.
Se optarem pelo Jacaré para o próximo evento, só não recomendo a Brahma Extra, uma cerveja meio aguada, sem arestas, de sabor pouco definido, mais ao gosto de emergentes que tentam imitar os sabores padronizados norte-americanos ou talvez alemães. A Brahma comum tem um sabor característico de antigamente, e deve ser preferida em qualquer ocasião.
O Jacaré continua movimentado após a virar a madrugada. A noite está bonita, eu voltei para casa.