Faço parte da comissão que está discutindo flexibilização dos currículos da Escola Politécnica da USP, dentro da assim-chamada EC3. Os trabalhos estão andando bem, mas receio que saia uma proposta pouco ambiciosa e cheia de detalhes que mais tarde possam levantar discussões pouco úteis para o objetivo de flexibilização. Para quem quiser ler, copio abaixo mensagem que enviei aos colegas da comissão. Não vou editar, mas o ponto importante é o 3.
Caros,
Achei que o texto reflete bem as discussões. Demorei para responder porque queria pensar um pouco mais antes de escrever minhas sugestões:
1 – Acho que seria melhor nem mencionar alguns pontos que fizeram parte dos trabalhos do grupo mas não estão diretamente relacionados com a flexibilização, e poderão desviar a atenção do assunto principal. Estou pensando nas entradas nas carreiras, opções no vestibular, regulamentação de estágio, duração do curso, e nas ênfases da elétrica por exemplo – pessoalmente estou de acordo com que o que foi escrito, mas pode levar a discussão nas instâncias seguintes para direções improdutivas.
2 – Como o texto descreve a diversidade dos assunto que abordamos, seria bom apresentar logo no início um “resumo executivo” bem curto das propostas que endossamos para flexibilização, de modo a focar a atenção de quem vier a ler sem ter participado do grupo.
3 – Agora vou dar uma opinião pessoal. Temos uma oportunidade que não se repetirá de fazermos uma proposta forte porém executável para integrar mais as diversas especialidades da Politécnica. Na minha opinião devemos recomendar que cada curso, carreira, grande área, e ênfase inclui em cada semestre a partir do 1o ao menos uma disciplina eletiva de livre escolha dentro da Poli, e a partir do 3 ano ao menos 2 eletivas livres por semestre. É uma medida simples de discutir, elaborar e executar; que não interfere na estrutura das carreiras e cursos individuais; que faz pleno uso de todos os recursos humanos que são os professores e estudantes; e que tem um potencial enorme para desengessar os currículos, facilitar uma inovação contínua, e dar aos estudantes a oportunidade de usufruírem do que a Poli tem a oferecer da maneira que for mais adequada para cada um.
Infelizmente tenho temor que se não apresentarmos uma proposta forte, factível, e expressada em 2 linhas de texto, há um grande risco que nosso trabalho venha a se perder em discussões sobre detalhes quando chegar o momento de expor a um grupo maior.
Gostaria de ver as opiniões do resto do grupo, e peço desculpas pela demora em fazer estes comentários. Agradeço a atenção!